Ainda é cedo para dizer se o pior já passou, mas certamente ainda não vivemos um ciclo de bonança.
A alta da inflação é a maior prova disso e o desemprego, apesar de ter reduzido nos últimos meses, continua em patamares altíssimos. Mais de 10 milhões de pessoas não contam com uma renda fixa para pagar suas contas e fazer investimentos.
Em tal cenário, a disputa pelos melhores clientes tende a se acirrar mais e o caminho para ficar no azul, mais estreito. O risco de lidar com períodos de turbulência não é pequeno e são esses períodos que costumam desestruturar empresas que não contam com um sistema de cobertura robusto, uma gestão interna consolidada ou uma equipe alinhada as inovações do mercado. Apenas para ficar em alguns exemplos.
É na crise que as deficiências organizacionais se escancaram e exigem dos gestores soluções rápidas para estancar a sangria e retomar o equilíbrio.
No entanto, nem todos estão preparados para lidar com o desafio. Qual a solução nesse caso? Assistir ao naufrágio do investimento de uma vida ou recorrer à experiência e ao preparo de profissionais especializados em gestão de crise?
Diagnosticar, propor e implementar
Essa é a proposta da gestão interina. Colocar a disposição de empreendedores que enfrentam dificuldades para sair da crise gestores qualificados para gerir, temporariamente, um setor estratégico da empresa para diagnosticar falhas, propor e implementar soluções.
Mesmo para o empreendedor que se encontra em condição estável no momento, creio ser interessante saber mais sobre o assunto para ter em vista recurso que pode ser útil no futuro.
Para quem se encontra no olho do furacão, se aprofundar no assunto pode ser decisivo para salvar o negócio.
Veja mais detalhes a seguir.
Gestão interina de restruturação na prática
Imagine que por imposição dos novos tempos você necessitou implantar uma nova tecnologia na linha de produção de sua empresa. No entanto, não contava que a adaptação dos seus funcionários a esse novo sistema fosse tão ser tão penosa.
Como consequência dessa dificuldade, houve retração significativa da produtividade, o clima organizacional deteriorou devido ao receio dos colaboradores de serem demitidos e a motivação caiu a patamares inéditos.
Várias medidas foram implementadas, mas nenhuma surtiu o efeito necessário.
Não é possível voltar ao estágio anterior, pois o investimento feito foi muito alto e se adaptar a processos mais modernos de produção é necessário.
Temos um cenário de crise.
É a situação que pede soluções como a gestão interina. Um gestor especializado, ou uma empresa especializada em reestruturação empresarial, assume a gestão temporariamente de um setor estratégico para avaliar a situação do negócio, identificar pontos críticos, elaborar um plano de reestruturação e implementar novas metodologias.
Para o exemplo citado, os profissionais encarregados pela gestão interina se encarregariam de propor um plano rápido de treinamento e incentivo.
O principal objetivo da gestão interina é normalizar a produtividade e recuperar o lucro aperfeiçoando processos e pessoas. A meta é estabelecer uma nova dinâmica interna e reconduzir o empreendedor a liderança do setor quando estiver certo que o novo modelo de gestão está consolidado e terá continuidade.
A gestão interina pode ser recorrida para diversos cenários de crise, mas não só. Se o empreendedor tiver sensibilidade de que as mudanças que pretende aplicar em seu negócio causarão muito estranhamento e resistência por parte dos funcionários, e suspeita não ter as melhores competências para lidar com as repercussões do atrito, pode decidir pela contratação de gestores externos especializados para evitar uma crise aguda.
Os principais benefícios da gestão interina
Sem dúvida, são diversos. Para não me estender demais, destaco os que considero os mais notáveis:
Objetividade: decisões necessárias sem perda de tempo
Algumas decisões não são fáceis de serem aplicadas, principalmente quando há grande envolvimento com pessoas e processos.
Um gestor vindo de fora tem a vantagem de conseguir manter a frieza para aplicar o que percebe como fundamental para reestruturar o negócio sem perda de tempo.
Experiência: melhorando processos vencendo desafios
Os profissionais que se posicionam no mercado como especialistas para lidar com ambientes de crise e em reformulação são habituados a lidar com desafios. Característica indispensável para melhorar processos, pois toda mudança gera incômodos e novas dificuldades. Resiliência, foco e convicção em seus métodos faz diferença.
Custo-benefício: parceria de sucesso sem vínculo empregatício
Um gestor interino não presta serviço como colaborador da empresa. Sua relação com o negócio será de parceria. Condição que impacta significativamente seus custos de permanência e eleva o custo-benefício.
Contratação conforme a necessidade da empresa
A gestão interina pode ser aplicada em diferentes setores e não necessariamente no principal na cadeia de comando. Se entender que seu empreendimento precisa reestruturar o departamento comercial, financeiro, a gestão de pessoas, entre outros, pode contratar um profissional especificamente para cada setor.
O que é melhor: contratar um profissional ou uma empresa especializada?
Particularmente, vejo espaço para às duas possibilidades. Uma empresa costuma ter aceitação maior pela tendência dos funcionários enxergarem imparcialidade. O que pode não ocorrer com um profissional experiente em gestão que tenha acumulado experiência anterior na função em outra empresa.
Suas decisões podem ser classificadas como “vícios” herdados da trajetória executiva. Tal impressão pode até corresponder a realidade em alguns casos, mas um profissional realmente qualificado e diferenciado sempre se dedicará para propor as melhores soluções para o seu cliente, independente se trilhar caminhos distintos de experiências passadas.
O importante é cumprir o objetivo de encontrar e aplicar soluções que reposicione a empresa no caminho do sucesso.
Em resumo
A gestão interina de reestruturação é importante para a retomada do equilíbrio de uma empresa por garantir um olhar técnico, profissional, experiente, pautado por decisões técnicas e objetivas para identificar problemas estruturais, elaborar um plano rápido de ação e aplicá-lo com eficiência e zelo.
Uma gestão interina pode ser o ponto de inflexão de uma trajetória de queda. Se o seu negócio transparece declínio aparentemente irreversível e você ainda não experimentou essa cartada, saiba que ainda há esperança para uma reviravolta.
Para mais informações, entre em contato. Posso te ajudar.
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