O ano de 2023 começou com uma alta acentuada de recuperação judicial e falência no Brasil.
Dados do indicador de Falências e Recuperações Judiciais da Serasa Experian registraram 92 casos de recuperação judicial, aumento de 23,3% se comparado com janeiro de 2022.
O setor mais afetado, segundo o indicador, foi o de serviços, com as micros e pequenas empresas liderando o ranque com 62 pedidos de recuperação. As médias empresas vêm logo atrás com 15 pedidos.
A situação se agrava mais quanto aos números de falência no Brasil. Houve aumento de 56,5% em relação a janeiro do ano passado, totalizando 72 ocorrências.
O número de falência no Brasil também foi liderado pelos pequenos negócios, mas estes mais associados ao setor industrial.
Mas o que levou a essa alta significativa? Quais são os principais fatores de risco para um negócio chegar a essas condições críticas?
Nos próximos tópicos, nos dedicaremos a analisar o panorama atual e listar quais são as principais ameaças afetam o empreendedorismo nacional.
Prossiga na leitura!
Entendendo a diferença: recuperação judicial e falência no Brasil
É importante pontuar, antes de seguirmos para as causas que, apesar de serem desagradáveis, recuperação judicial e falência no Brasil têm pesos diferentes.
A recuperação judicial é um processo que visa permitir que a empresa em dificuldades financeiras possa reorganizar sua estrutura e pagar suas dívidas de uma maneira mais gerenciável.
Durante o processo de recuperação judicial, a empresa pode continuar operando normalmente, enquanto trabalha em um plano de reestruturação para se tornar viável novamente.
Esse processo é supervisionado por um juiz e um administrador judicial e envolve negociações com credores para reestruturar dívidas, reduzir despesas e vender ativos.
Já a falência é um processo em que a empresa é considerada incapaz de cumprir suas obrigações financeiras e declarada insolvente. Isso significa que o negócio será liquidado e seus ativos serão vendidos para pagar seus credores.
Durante o processo de falência, a empresa perde o controle sobre seus ativos e operações e a gestão passa para um administrador judicial.
Ou seja, a diferença entre os dois procedimentos está na continuidade ou não do negócio.
Na recuperação, o empreendimento ganha um tempo determinado para se reestruturar. E a falência é a decretação da incapacidade da empresa de sanar suas dívidas, não lhe restando outra opção que a de não fechar as portas.
O que explica a alta de pedidos de recuperação e falência no Brasil?
Em termos simples, a corda suportou a carga pesada até onde foi possível.
O Brasil atravessa uma crise econômica prolongada que se encaminha para completar uma década.
Os últimos anos foram marcados por uma grave instabilidade política, mudanças de políticas econômicas, crises externas extraordinárias, inflação e juros altos.
Combinação perversa que erodiu a dinâmica do nosso mercado interno, o poder de compra e a capacidade de investimento.
Sustentar um negócio em condições tão adversas por tempo tão dilatado é um desafio que se torna inviável com o decorrer do tempo.
O começo de 2023 se mostrou a data limite, o último suspiro de negócios que resistiram bravamente, mas que perderam suas forças.
E se a situação econômica não melhorar nos próximos meses, 2024 promete mortalidade empreendedora tão expressiva quanto.
Contudo, é importante ressaltar que apesar das condições externas e internas não terem favorecido o pequeno empresário, a falência no Brasil e os pedidos de recuperação também são resultados de equívocos administrativos grosseiros.
Os principais fatores de risco para recuperação judicial e falência
Além das questões mencionadas acima, há três fatores muito presentes nos casos de recuperação judicial e falência no Brasil: a ineficiência da gestão, a falta de capital de giro e o elevado grau de endividamento.
Gestão ineficiente amplifica o poder destrutivo dos entraves
Uma gestão ineficiente, amadora, sem qualificação necessária para gerenciar um negócio com segurança amplia as dificuldades.
Isto porque um entrave inerente a rotina do empreendedor tende a gerar mais estragos quando o gestor não conta com a expertise necessária para lidar com o desafio de modo a evitar que interfira mais que o tolerado no negócio.
Em um mercado tão competitivo, erros custam caro, principalmente quando primários e a tentativa de corrigi-los normalmente leva a uma escalada do endividamento.
Capital de giro: quando a torneira seca
A ausência de capital de giro para suprir o investimento e cobrir as dívidas é outro motivo frequente para a instauração da recuperação judicial ou falência no Brasil.
Essa condição costuma estar interligada com a má gestão. As decisões errôneas da administração resultam em gastos desnecessários, evitáveis e no contrair de dívidas para vedar as fissuras do planejamento.
A sequência de erros somados a uma condição externa desfavorável costuma culminar na tempestade perfeita para o esgotar dos recursos financeiros.
Quando chega nesse estado é extremamente difícil conter a bola de neve que vai se criando e engrossando.
A última oportunidade acaba sendo o período outorgado pela recuperação judicial, mas esse período não tem como regra oferecer as condições necessárias para uma volta por cima.
Isso depende muito das relações e da capacidade inventiva dos gestores de encontrar recursos no tempo determinado que lhes restam.
Endividamento: atoleiro irrefreável
A terceira maior causa de falência no Brasil é o endividamento. Como dito anteriormente, as causam costuma estar interligadas. Uma levando a outra.
A necessidade de se endividar, contrair empréstimos para investir ou apagar incêndios leva a instituição ao atoleiro dos juros vorazes e insaciáveis.
Turnaround empresarial pode ser a carta segura na hora mais crítica
Para as empresas que se encontram em uma situação desesperadora, a melhor opção para garantir resultados e evitar o colapso definitivo é a contratação de especialistas em negócios em estado de insolvência financeira.
Especialistas em turnaround empresarial.
Turnaround empresarial é um processo de reestruturação completa de uma empresa em crise visando reverter sua situação financeira e operacional.
Geralmente, o turnaround é necessário quando o empreendimento está enfrentando problemas graves, como a possibilidade de falência, perda de participação de mercado, redução nas vendas, entre outros.
O processo de turnaround envolve uma série de ações estratégicas que buscam mudar a direção da empresa, corrigir os problemas que levaram à crise e prepará-la para o futuro.
Essas ações podem incluir mudanças na gestão, redução de custos, renegociação de dívidas, aumento de vendas, reestruturação de operações e investimentos em novas tecnologias.
Em relação às empresas em recuperação judicial, o processo de turnaround pode ajudar a empresa a sair da crise que se encontra, permitindo que ela continue operando e atendendo seus compromissos com fornecedores, funcionários e clientes.
Ao implementar um plano de turnaround, a empresa pode reorganizar suas operações, reduzir suas dívidas e melhorar sua posição no mercado, aumentando suas chances de sobrevivência e sucesso a longo prazo.
É importante ressaltar que a implementação de um plano de turnaround deve ser realizada por profissionais especializados e com ampla experiência em reestruturação empresarial.
Entre em contato com a Expert Reestruturação Empresarial e salve o futuro da sua empresa!
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