Essa estatística choca ao considerar os desafios complexos que envolvem a análise de dados relacionados à área da saúde e as ferramentas disponíveis para aumentar a eficiência desse processo. #gestaohospitalar #gestãodedados #produtividade
No mês de maio ocorreu uma palestra na Hospitalar, o maior evento da área na saúde na América Latina, para promover as soluções de um conjunto de softwares aplicáveis à gestão hospitalar. Um dos palestrantes foi o coordenador de Engenharia Clínica do Hospital Nipo Brasileiro, Flávio Oliveira, que apresentou um dado que chamou a atenção: 75% das empresas ainda usam planilhas para gerir dados.
Essa estatística choca ao considerar os desafios complexos que envolvem a análise de dados relacionados à área da saúde e as ferramentas disponíveis para aumentar a eficiência desse processo.
Interpreto que essa realidade tenha como causa o desconhecimento sobre as vantagens competitivas que essas soluções oferecem e de sua aplicação na rotina administrativa.
Por isso, creio que será oportuno dedicar um artigo para elencar esses benefícios e destacar algumas dessas ferramentas com potencial de revolucionar a gestão de dados no contexto hospitalar.
Veja os tópicos abaixo!
Motivos para abandonar a gestão manual
O que se propõe para elevar o padrão de qualidade da gestão de dados é: abandonar as ferramentas típicas da gestão manual para aderir a soluções automatizadas, com alta capacidade de análise e cruzamento de dados para elaborar relatórios completos e eficientes.
A gestão de dados manual associa-se ao uso de ferramentas que ainda necessitam de acompanhamento humano constante para armazenar, processar e produzir informações concretas sobre contextos específicos.
É o caso do uso de planilhas eletrônicas integradas a ERPs ou inseridas em pacotes de softwares populares como o Office da Microsoft.
Na ocasião do surgimento dessas soluções elas representaram sem dúvida um avanço, pois eram o que de melhor a tecnologia podia oferecer. Mas vivemos a era da quarta revolução industrial, da economia da atenção em que a informação, os dados têm peso de ouro. A tecnologia avançou e se manter apegado as soluções que outrora foram revolucionárias representa hoje:
Menor produtividade
A dependência dessas ferramentas manuais limitam a eficiência da gestão por exigir processos mais lentos de coleta e análise de dados.
As novas soluções disponíveis no mercado oferecem automação e integração. Estes recursos agilizam análises e otimizam a tomada de decisões.
Maior abertura para falhas
As ferramentas manuais são mais suscetíveis a falhas devido à dependência humana para inserção e interpretação de dados.
Isso aumenta a possibilidade de erros de digitação, análise incorreta ou inconsistência nos registros.
Além disso, a falta de automação facilita a desatualização das informações. Manter a precisão e integridade dos dados ao longo do tempo é mais desafiante e desgastante com as velhas ferramentas.
Essas limitações costumam resultar em tomadas de decisão equivocadas e prejudicar a qualidade da gestão na área da saúde.
As novas soluções oferecem automação, validações automáticas e integração de dados. Facilidades que reduzem a intervenção humana e minimizam erros. Elas são mais confiáveis e precisas na gestão de informações médicas e administrativas.
Despadronização dos relatórios
Ferramentas manuais podem causar despadronização nos relatórios devido à sua natureza flexível de inserção de dados.
As características dessas ferramentas proporcionam a proposição de formatos variados de relatórios, com diferentes estruturas de informações e métodos de registro desuniformes.
Como cada pessoa pode organizar e apresentar os dados de maneira diferente, torna-se desafiador garantir consistência e padronização. Fato que afeta a interpretação e comparabilidade dos dados, prejudicando análise rápida e precisa.
Já as ferramentas automatizadas oferecem modelos padronizados e estruturados. Garantem consistência nos relatórios, facilitam a compreensão e a análise de dados, além de assegurar visualização mais clara das informações. Os recursos dessas novas ferramentas promovem uma gestão mais eficaz e assertiva.
Ferramentas modernas de análise de dados disponíveis para a gestão hospitalar
Expostas às desvantagens da permanência do uso de ferramentas de análise de dados atropeladas pelo avançar da tecnologia, destaco algumas das novas soluções disponíveis no mercado. Há diversas possibilidades e a tendência que outras em questão de meses por razão do investimento pesado que tecnologias baseadas em IA e Machine Learning vem recebendo nos últimos meses.
Porém, para não me alongar demais destaco as que considero que se encontram a frente na corrida de proporcionar mais facilidades e eficiência.
Microsoft Power BI
Certamente uma das soluções de gestão de dados mais avançadas e completas à disposição no mercado. E certamente isso se deve pela estrutura e investimento do gigantismo da Microsoft.
O Power BI é uma coleção de serviços de softwares, aplicativos e conectores da Microsoft. Juntos proporcionam a integração de várias fontes de dados, como registros de pacientes, dados de equipamentos médicos e informações financeiras
Com o Power BI, é possível criar painéis interativos e relatórios dinâmicos para facilitar a interpretação e análise das informações.
Sua capacidade de automatização e geração de insights em tempo real aumenta a eficiência na tomada de decisões. Garante maior consistência, padronização e agilidade na gestão de dados. O Power Bi da Microsoft proporciona visão mais clara e precisa para os gestores na área da saúde.
Python
É uma linguagem de programação versátil e poderosa, amplamente usada na análise de dados na área da saúde. Ela oferece uma série de bibliotecas e ferramentas especializadas para manipulação, processamento e análise de grandes conjuntos de dados médicos.
Python pode substituir ferramentas manuais na gestão de dados na saúde ao automatizar tarefas repetitivas e integrar diversas fontes de informação. Facilita a limpeza e organização dos dados e possibilita análises complexas com rapidez e precisão.
Essas foram algumas das possibilidades mais populares para a automação e integração de dados para a área da saúde. Espero que apresentar essas ferramentas, explicar seus diferenciais e apontar as deficiências dos métodos tradicionais, tenham servido para esclarecer e inspirar mudanças nos processos internos.
Hoje está ao alcance um modelo de gestão de dados mais sofisticado, preciso e inteligente, capaz de elevar a qualidade do atendimento e da tomada de decisões.
Contudo, para dar esse passo e modernizar a análise de dados é preciso planejamento, capacitação e suporte especializado.